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O Speed Zine é um fanzine de música dedicado principalmente ao rock, metal, punk e progressivo, e suas diversas vertentes. O Speed Zine é uma fonte de informação indispensável para os fãs de Rock Metal Punk ... Apoio Cultural: PIX - $01,00, $05,00 e $10,00 https://livepix.gg/fernandoguitarbass ...
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| Speed Zine |
Por Mestre Fernando Carvalho
São Paulo, 31/10 a 06/11 de 2025
O rock acordou — e com ele vieram ecos de dor, de reencontro, de novos batimentos. Nesta semana, o gênero não apenas sobreviveu: respirou fundo, renovou-se e nos entregou material para pensar mais que os solos, mas as histórias por trás deles.
• Ace Frehley cancela turê por motivos de saúde
O lendário guitarrista do KISS, 74 anos, anunciou o cancelamento das datas restantes de sua turnê de 2025, devido a “problemas médicos em curso”, após queda no estúdio e hospitalização. Ele afirmou que está focado na recuperação e no lançamento de Origins Vol. 3, sequência de sua série de covers. EW.com
Reflexão: Um aviso de que os ícones também têm limites. O palco espera — mas o corpo exige respeito.
• Aerosmith + Yungblud anunciam EP colaborativo após tributo a Ozzy
Depois de uma performance emotiva em tributo ao Ozzy Osbourne no MTV VMA’s, Steven Tyler e Joe Perry (Aerosmith) uniram forças com Yungblud para o EP One More Time, com lançamento marcado para 21 de novembro. O primeiro single, “My Only Angel”, saiu em 19 de setembro. People.com
Reflexão: A ponte entre gerações — onde o rock clássico encontra o rebelde contemporâneo — prova que o gênero não está preso ao passado. Ele dialoga.
• The Smashing Pumpkins anunciam estreia histórica na Índia como parte da turnê “Rock Invasion 2025”
A banda alternativa confirmou suas primeiras apresentações na Índia — em Bengaluru (11 de outubro) e Mumbai (12 de outubro) — encerrando mais de uma década longe do mercado asiático. The Times of India
Reflexão: O rock ultrapassa línguas, fronteiras e gerações. Quando atinge territórios pouco visitados, sua chama se expande.
• Bon Jovi voltam à Irlanda com mega show em Croke Park para 2026
Os veteranos anunciaram show no icônico estádio de Dublin em 30 de agosto de 2026, como parte da turnê “Forever”. O vocalista Jon Bon Jovi, 63, relatou o processo de recuperação vocal e a alegria de voltar para os fãs irlandeses após anos. The Sun
Reflexão: Quando o rock tem história, ele tem identidade — e se essa identidade volta aos lugares onde nasceu o fervor, o público responde.
O rock vive em limiares: entre saúde e palco, entre passado e futuro, entre território conhecido e fronteiras novas. Essas notícias não são apenas eventos: são capítulos de um movimento que se recusa a definhar.
A paralisação de Ace Frehley lembra que legado requer cuidado.
A colaboração de Aerosmith + Yungblud mostra que o rock convive com renovação — e precisa dela.
A estreia dos Smashing Pumpkins na Índia simboliza que o palco global ainda pode ser conquistado.
O retorno de Bon Jovi à Irlanda reafirma que o rock clássico ainda pulsa, quando a entrega é real.
Para quem vive do som, ensina-se que o palco não é garantia — a vontade é. O riff, a voz, o palco: todos elementos, mas o que decide é o clamor — interno e externo.
“O rock não se conforma em ser saudade — ele se reconstrói onde menos se espera. Hoje é sobre gira-mundos, colaborações impensadas, pausas forçadas e territórios redescobertos. Escute o silêncio, porque ele está prestes a explodir em feedback.”
Prepare seu amp, limpe aquela palheta mofada e volte ao alívio da distorção. Porque o rock não está apenas fazendo barulho: está dizendo algo.
✍️ Por Mestre Fernando Carvalho
São Paulo, 1º de Novembro de 2025
O mundo do rock acordou com trovão esta semana. Entre anúncios inesperados, cancelamentos que ressoam como pesar e turnês que atravessam oceanos, o gênero mostra que seu pulso ainda está firme — mesmo que a respiração às vezes se torne sussurro. Aqui estão os momentos que sacudiram os alto-falantes e o que eles significam para nós que ainda acreditamos no som com alma.
O lendário guitarrista do KISS, Ace Frehley, de 74 anos, cancelou todas as datas restantes da sua turnê de 2025 após uma queda em seu estúdio e hospitalização subsequente. Ele lamentou aos “rock soldiers” e confirmou que vai focar na recuperação — enquanto desenvolve Origins Vol. 3. EW.com
Impacto: A notícia é um lembrete cru de que mesmo os gigantes carregam fragilidade. Mas o legado não recua — ele se transforma em capítulo de história viva.
A banda americana com certificação platinum divulgou que partirá em arena tour pela América do Norte em 2026, trazendo seu “cinematic high-energy rock” para grandes palcos e fãs em massa. xfinitymobilearena.com
Impacto: Prova de que o rock contemporâneo ainda escala grandes jornadas — não só na nostalgia, mas em invenção e energia moderna.
Após mais de dez anos longe da Ásia, a banda anunciará shows em outubro de 2025 em Bengaluru e Mumbai como parte da “Rock Invasion 2025”. O setlist promete clássicos e novos rumos. The Times of India
Impacto: Expansão global. O rock deixa os circuitos europeus/americanos tradicionais e se faz presente em lugares onde raramente era celebrado em larga escala — uma nova frente de batalha sonora.
O rock não se resumiu a nostalgia esta semana — ele mostrou vida, tensão e adaptação. O cancelamento de Ace Frehley nos lembra que cada riff, cada solo, cada grito tem por trás uma história humana. Bad Omens representa a busca por relevância, força e arena cheia. Já Smashing Pumpkins aponta para territórios longínquos, onde o rock precisava chegar, mas hesitava.
Se há um fio conectivo entre esses fatos, é o movimento — não o descanso. O rock não quer apenas existir: quer se estender, explorar, ultrapassar limites. E a edição desta semana do Speed Zine está aqui para captar esse tremor.
Para artistas: é estímulo — há espaço para turnê grande, para sair do nicho, para buscar público além do óbvio.
Para fãs: é confirmação de que vale seguir ligado — o rock não se rende, só muda de pista.
Para educadores e músicos: é modelo de resistência e reinvenção — saúde, legado, inovação, escala global.
“O rock resiste não porque se agarra ao passado, mas porque alimenta o futuro. Cancelamentos, turnês anunciadas, fronteiras atravessadas: tudo faz parte de um corpo que se recusa a envelhecer quieto.”
Então, ligue o amp, sature o pedal, bata a baqueta e prepare-se: esta semana, o rock rugiu mais alto. E o Speed Zine esteve lá para escutar.
O compositor e pedagogo italiano Gaetano Pozzoli (1873–1957) foi uma das figuras mais importantes da educação musical do século XX. Seu nome é lembrado com respeito em conservatórios e escolas de música do mundo inteiro, especialmente por sua obra monumental: o “Guia Teórico e Prático para o Solfejo do Som e do Silêncio”.
Mais do que um simples método de leitura musical, o guia de Pozzoli é uma verdadeira jornada pelo universo da percepção sonora. Ele ensina o aluno a ouvir com consciência, ler com precisão e sentir o tempo e o silêncio como partes vivas da música.
Pozzoli acreditava que o aprendizado musical não deveria se limitar à execução mecânica de notas, mas sim à compreensão profunda dos elementos que formam a linguagem musical. Seu método conduz o estudante passo a passo, partindo das figuras rítmicas e das alturas mais simples até chegar a estruturas complexas, modulações, compassos compostos e ritmos irregulares.
Um dos aspectos mais fascinantes do trabalho de Pozzoli é o destaque dado ao silêncio — algo que, para muitos alunos, passa despercebido. Em seu guia, o silêncio é tratado com o mesmo respeito que o som, pois ambos são partes complementares de um mesmo discurso musical. Assim, o estudante aprende que a pausa também canta, e que a música vive tanto nos intervalos de som quanto nas ausências dele.
Combinando teoria sólida e prática aplicada, o Guia Teórico e Prático para o Solfejo do Som e do Silêncio se tornou um alicerce para músicos, professores e estudantes. Mesmo após décadas de sua publicação, permanece atual, sendo usado em exames de conservatórios e cursos de formação musical em todo o mundo.
Em resumo, o legado de Pozzoli ultrapassa as páginas de seu método: ele nos convida a ouvir de verdade — a música que soa e a música que cala.
Por Mestre Fernando Carvalho
“Algumas bandas não desaparecem — apenas mudam de frequência. Rush é uma dessas frequências.”
Quando se fala em virtuosismo, ambição composicional e aquela mistura de músculo e cérebro, poucas bandas no rock moderno chegam perto do que o trio canadense construiu ao longo de décadas. Mas 2025–2026 trouxe um agito que ninguém esperava: notícias que recolocam Rush no centro das conversas — não apenas como relíquia, mas como força atuante. Nesta matéria, juntamos história, contexto e as novidades que estão fazendo os fãs — e até os curiosos — segurar o fôlego.
Formada em Toronto em agosto de 1968, a banda passou por mudanças de line-up até cristalizar sua formação clássica: Geddy Lee (voz e baixo), Alex Lifeson (guitarra) e Neil Peart (bateria e letras) — com Peart entrando em 1974 e assumindo o papel de letrista que transformou o grupo em algo maior que apenas “mais uma banda de rock”. Rush construiu reputação por composições complexas, passagens instrumentais intrincadas e um repertório que transitou do hard rock primitivo ao prog sofisticado e, depois, a fases mais sintetizadas e modernas. A trajetória tem marcos incontornáveis — 2112, Moving Pictures, Signals — que moldaram gerações de músicos. Wikipedia
A perda de Neil Peart em 2020 deixou um vácuo gigantesco: Peart não era só o motor — era também o poeta mecânico que deu voz a temas filosóficos e literários. Sua morte foi noticiada e lamentada pelo mundo inteiro. Rolling Stone
Geddy Lee e Alex Lifeson anunciaram uma turnê comemorativa que aparece nos calendários como um evento de celebração do legado do grupo — batizada de Fifty Something e com datas previstas para 2026. A ideia: tocar — com respeito e energia — um vasto repertório que atravessa as décadas. A própria página oficial da banda e veículos de peso confirmaram a notícia. Rush.com+1
O detalhe que dividiu opiniões (e aqueceu debates na comunidade de fãs): a presença de uma nova baterista de estúdio/turnê, a virtuosa Anika Nilles, para assumir as partes de bateria de Peart ao vivo. Muitos viram a escolha como gesto corajoso — e necessário para levar a música a plateias —; outros sentiram que nenhum substituto pode “ser” Neil. A conversa é delicada, e os envolvidos deixaram claro que a homenagem a Peart e o respeito à sua memória orientam cada decisão. New York Post+1
Em 2025 saiu o RUSH 50, uma antologia que reúne faixas essenciais, raridades e material inédito solicitado por fãs — projeto pensado para comemorar cinco décadas da banda e oferecer um panorama amplo da obra. Além disso, houve reedições em vinil de álbuns mais recentes (pós-2000), reunidos em box sets para colecionadores. Esses lançamentos reforçam a ideia de que Rush continua a ser revisitado e redescoberto por novas gerações. Consequence+1
Alex Lifeson admitiu publicamente que voltar a tocar o repertório da banda foi, ao mesmo tempo, um exercício de devoção e um choque técnico — “quando sentamos e começamos a tocar as coisas do Rush, eu percebi como era difícil tocar essas músicas”, disse ele em entrevista, lembrando que a complexidade do repertório é tanto desafio quanto virtude. Essa honestidade por parte dos membros dá pistas: não se trata de nostalgia fácil, mas de um compromisso com a integridade musical. MusicRadar
Enquanto a máquina institucional (box sets, turnês) roda, Geddy Lee vem participando de projetos próprios e parcerias com marcas, como o lançamento de uma edição especial de equipamento de baixo em parceria com Tech 21, com parte das vendas revertida para causas beneficentes — outro indicador de que a presença de Lee vai além dos palcos. Rush.com
Rush sempre foi uma banda que exigiu atenção. Suas músicas pedem do ouvinte algum esforço cerebral: compasso irregular, solos que mais parecem diálogos do que exibições, letras que discutem liberdade, tecnologia, distopia e introspecção. Ver Lee e Lifeson decidindo revisitá-las publicamente, com honras e cuidado, é um sinal de respeito — e também de coragem artística. Para a cena, isso abre duas portas:
A cultura do setlist vivo: a ideia de que repertório clássico não é coisa de museu; pode (e deve) ser tocado, reinterpretado e transmitido, mesmo que de forma diferente.
O debate ético sobre substituição: como homenagear um talento insubstituível? Como seguir adiante quando a peça central se foi? As respostas são pessoais — e o gesto de levar a música a público demonstra uma opção clara: compartilhar a obra em forma viva, não trancá-la em caixa de vidro.
Como músico e educador, vejo Rush como uma escola: nas horas em que ensino técnica, eu sempre volto aos discos deles — não para reproduzir, mas para entender como uma construção sonora pode ser pensamento em forma de som. A volta de Geddy e Alex aos palcos (se concretizada) não é só um evento de nostalgia; é uma aula magna para as novas gerações que querem entender o que significa técnica a serviço da ideia.
A música deles é exigente, sim. Mas essa exigência também liberta: obriga o ouvinte a raciocinar, sentir e resistir. E, ao final do dia, se Rush nos empurra para frente com reedições, passeios de catálogo e shows, que assim seja — desde que feito com o mesmo respeito que Neil Peart mereceria. Porque o som que eles criaram não é só um conjunto de notas: é uma ética do tocar.
Por Mestre Fernando Carvalho
São Paulo • 12 de agosto de 2025
Essa semana foi como uma pedrada no peito do rock. Momentos que vão perdurar como facadas músicais no coração da cultura. O silêncio foi interrompido por riffs inesperados, reuniões históricas e álbuns que respiram fúria reinventada. E o Speed Zine foi atrás de cada nota para contar esta nova crônica sonora.
1. Ozzy Osbourne: Tributo Global com Guitarristas Poderosos
Na véspera do primeiro aniversário de sua morte, guitarristas como Zakk Wylde, Slash e Tony Iommi escalonaram homenagens simultâneas em Londres, Los Angeles e Nagano. Na Abbey Road, um show especial com a London Symphony Orchestra fez “Mr. Crowley” ganhar arranjo sinfônico — sombrio, grandioso e repleto de emoção.
2. Foo Fighters libera versão ao vivo de “Best of You” gravada em 2003
Uma mixagem inédita, resgatada dos arquivos da banda, ganhou vida própria em plataformas de streaming. O single tem gitarras limpas, bateria urgente e a voz de Grohl carregada de saudade — uma cápsula do tempo para fãs saudosistas.
3. Dream Theater anuncia saída de Mike Portnoy (de novo)
Sim: Portnoy decidiu deixar a banda pela segunda vez, citando "caminhos criativos divergentes". Elementos do metal progressivo agora ficam sob a mira de especulações: quem assume a bateria? Como reconfigurar o DNA de 40 anos?
4. Barão Vermelho sobe ao palco em turnê comemorativa
A lenda do rock brasileiro retorna com Roberto Frejat, Dé (baixista original) e outros músicos clássicos para uma turnê nacional. Eles tocarão “Pro Dia Nascer Feliz”, “Por Você” e outras pérolas em versões revisadas, embaladas por nostalgia e energia renovada.
Não adianta reclamar que o rock morreu se a própria história insiste em encontrar pontos de mutação. Quem pensa que rock vive de revival ignora que ele permanece vivo nas rupturas.
A mistura sinfônica em tributo a Ozzy mostra que o rock pode se reinventar em orquestras, sem perder sua alma.
A versão esquecida de Foo Fighters prova que mesmo músicas imortais têm estradas escondidas.
Dream Theater refaz seu nome em confronto com suas próprias sombras.
Barão Vermelho: lendas nacionais que resistem ao tempo e ensinam que memoria sonora é ato de fé.
“O rock não morreu. Ele apenas encontrou novas maneiras de rugir — e sabe você, leitor, que todo rugido merece ser escutado alto.”