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“Riffs, Retornos e Rupturas: O Rock em Fúria Contida”

 

📰 Matéria do Dia — Speed Zine

“Riffs, Retornos e Rupturas: O Rock em Fúria Contida”

✍️ Por Mestre Fernando Carvalho

São Paulo, 1º de Novembro de 2025

O mundo do rock acordou com trovão esta semana. Entre anúncios inesperados, cancelamentos que ressoam como pesar e turnês que atravessam oceanos, o gênero mostra que seu pulso ainda está firme — mesmo que a respiração às vezes se torne sussurro. Aqui estão os momentos que sacudiram os alto-falantes e o que eles significam para nós que ainda acreditamos no som com alma.


🔥 Os grandes acontecimentos da semana

• Ace Frehley suspende turnê por problemas de saúde

O lendário guitarrista do KISS, Ace Frehley, de 74 anos, cancelou todas as datas restantes da sua turnê de 2025 após uma queda em seu estúdio e hospitalização subsequente. Ele lamentou aos “rock soldiers” e confirmou que vai focar na recuperação — enquanto desenvolve Origins Vol. 3. EW.com

Impacto: A notícia é um lembrete cru de que mesmo os gigantes carregam fragilidade. Mas o legado não recua — ele se transforma em capítulo de história viva.

• Bad Omens anuncia turnê de arenas na América do Norte

A banda americana com certificação platinum divulgou que partirá em arena tour pela América do Norte em 2026, trazendo seu “cinematic high-energy rock” para grandes palcos e fãs em massa. xfinitymobilearena.com

Impacto: Prova de que o rock contemporâneo ainda escala grandes jornadas — não só na nostalgia, mas em invenção e energia moderna.

• The Smashing Pumpkins farão estreia histórica na Índia

Após mais de dez anos longe da Ásia, a banda anunciará shows em outubro de 2025 em Bengaluru e Mumbai como parte da “Rock Invasion 2025”. O setlist promete clássicos e novos rumos. The Times of India

Impacto: Expansão global. O rock deixa os circuitos europeus/americanos tradicionais e se faz presente em lugares onde raramente era celebrado em larga escala — uma nova frente de batalha sonora.


🧠 Reflexão Crônica

O rock não se resumiu a nostalgia esta semana — ele mostrou vida, tensão e adaptação. O cancelamento de Ace Frehley nos lembra que cada riff, cada solo, cada grito tem por trás uma história humana. Bad Omens representa a busca por relevância, força e arena cheia. Já Smashing Pumpkins aponta para territórios longínquos, onde o rock precisava chegar, mas hesitava.

Se há um fio conectivo entre esses fatos, é o movimento — não o descanso. O rock não quer apenas existir: quer se estender, explorar, ultrapassar limites. E a edição desta semana do Speed Zine está aqui para captar esse tremor.


🎯 Por que isso interessa a você?

  • Para artistas: é estímulo — há espaço para turnê grande, para sair do nicho, para buscar público além do óbvio.

  • Para fãs: é confirmação de que vale seguir ligado — o rock não se rende, só muda de pista.

  • Para educadores e músicos: é modelo de resistência e reinvenção — saúde, legado, inovação, escala global.


✏️ Conclusão do Mestre

“O rock resiste não porque se agarra ao passado, mas porque alimenta o futuro. Cancelamentos, turnês anunciadas, fronteiras atravessadas: tudo faz parte de um corpo que se recusa a envelhecer quieto.”

Então, ligue o amp, sature o pedal, bata a baqueta e prepare-se: esta semana, o rock rugiu mais alto. E o Speed Zine esteve lá para escutar.

Pozzoli – O Mestre do Solfejo: Entre o Som e o Silêncio

 

Pozzoli –




O compositor e pedagogo italiano Gaetano Pozzoli (1873–1957) foi uma das figuras mais importantes da educação musical do século XX. Seu nome é lembrado com respeito em conservatórios e escolas de música do mundo inteiro, especialmente por sua obra monumental: o “Guia Teórico e Prático para o Solfejo do Som e do Silêncio”.

Mais do que um simples método de leitura musical, o guia de Pozzoli é uma verdadeira jornada pelo universo da percepção sonora. Ele ensina o aluno a ouvir com consciência, ler com precisão e sentir o tempo e o silêncio como partes vivas da música.

Pozzoli acreditava que o aprendizado musical não deveria se limitar à execução mecânica de notas, mas sim à compreensão profunda dos elementos que formam a linguagem musical. Seu método conduz o estudante passo a passo, partindo das figuras rítmicas e das alturas mais simples até chegar a estruturas complexas, modulações, compassos compostos e ritmos irregulares.

Um dos aspectos mais fascinantes do trabalho de Pozzoli é o destaque dado ao silêncio — algo que, para muitos alunos, passa despercebido. Em seu guia, o silêncio é tratado com o mesmo respeito que o som, pois ambos são partes complementares de um mesmo discurso musical. Assim, o estudante aprende que a pausa também canta, e que a música vive tanto nos intervalos de som quanto nas ausências dele.

Combinando teoria sólida e prática aplicada, o Guia Teórico e Prático para o Solfejo do Som e do Silêncio se tornou um alicerce para músicos, professores e estudantes. Mesmo após décadas de sua publicação, permanece atual, sendo usado em exames de conservatórios e cursos de formação musical em todo o mundo.

Em resumo, o legado de Pozzoli ultrapassa as páginas de seu método: ele nos convida a ouvir de verdade — a música que soa e a música que cala.

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🎸 Matéria do Dia: Rush

 


🎸 Matéria do Dia — Speed Zine

Rush: história, legado e as últimas novidades que mexem com a alma prog

Por Mestre Fernando Carvalho

“Algumas bandas não desaparecem — apenas mudam de frequência. Rush é uma dessas frequências.”

Quando se fala em virtuosismo, ambição composicional e aquela mistura de músculo e cérebro, poucas bandas no rock moderno chegam perto do que o trio canadense construiu ao longo de décadas. Mas 2025–2026 trouxe um agito que ninguém esperava: notícias que recolocam Rush no centro das conversas — não apenas como relíquia, mas como força atuante. Nesta matéria, juntamos história, contexto e as novidades que estão fazendo os fãs — e até os curiosos — segurar o fôlego.


Um pouco de história (a base do edifício)

Formada em Toronto em agosto de 1968, a banda passou por mudanças de line-up até cristalizar sua formação clássica: Geddy Lee (voz e baixo), Alex Lifeson (guitarra) e Neil Peart (bateria e letras) — com Peart entrando em 1974 e assumindo o papel de letrista que transformou o grupo em algo maior que apenas “mais uma banda de rock”. Rush construiu reputação por composições complexas, passagens instrumentais intrincadas e um repertório que transitou do hard rock primitivo ao prog sofisticado e, depois, a fases mais sintetizadas e modernas. A trajetória tem marcos incontornáveis — 2112, Moving Pictures, Signals — que moldaram gerações de músicos. Wikipedia

A perda de Neil Peart em 2020 deixou um vácuo gigantesco: Peart não era só o motor — era também o poeta mecânico que deu voz a temas filosóficos e literários. Sua morte foi noticiada e lamentada pelo mundo inteiro. Rolling Stone


O que aconteceu de novo — as notícias que pipocaram

1) Tour comemorativo “Fifty Something” (Rush volta aos palcos)

Geddy Lee e Alex Lifeson anunciaram uma turnê comemorativa que aparece nos calendários como um evento de celebração do legado do grupo — batizada de Fifty Something e com datas previstas para 2026. A ideia: tocar — com respeito e energia — um vasto repertório que atravessa as décadas. A própria página oficial da banda e veículos de peso confirmaram a notícia. Rush.com+1

O detalhe que dividiu opiniões (e aqueceu debates na comunidade de fãs): a presença de uma nova baterista de estúdio/turnê, a virtuosa Anika Nilles, para assumir as partes de bateria de Peart ao vivo. Muitos viram a escolha como gesto corajoso — e necessário para levar a música a plateias —; outros sentiram que nenhum substituto pode “ser” Neil. A conversa é delicada, e os envolvidos deixaram claro que a homenagem a Peart e o respeito à sua memória orientam cada decisão. New York Post+1

2) R50 — antologia e reedições que recontam a história

Em 2025 saiu o RUSH 50, uma antologia que reúne faixas essenciais, raridades e material inédito solicitado por fãs — projeto pensado para comemorar cinco décadas da banda e oferecer um panorama amplo da obra. Além disso, houve reedições em vinil de álbuns mais recentes (pós-2000), reunidos em box sets para colecionadores. Esses lançamentos reforçam a ideia de que Rush continua a ser revisitado e redescoberto por novas gerações. Consequence+1

3) Sinais de vida criativa — Lifeson e Lee retomando noites de ensaio

Alex Lifeson admitiu publicamente que voltar a tocar o repertório da banda foi, ao mesmo tempo, um exercício de devoção e um choque técnico — “quando sentamos e começamos a tocar as coisas do Rush, eu percebi como era difícil tocar essas músicas”, disse ele em entrevista, lembrando que a complexidade do repertório é tanto desafio quanto virtude. Essa honestidade por parte dos membros dá pistas: não se trata de nostalgia fácil, mas de um compromisso com a integridade musical. MusicRadar

4) Produtos e iniciativas dos próprios membros — Geddy Lee em ação

Enquanto a máquina institucional (box sets, turnês) roda, Geddy Lee vem participando de projetos próprios e parcerias com marcas, como o lançamento de uma edição especial de equipamento de baixo em parceria com Tech 21, com parte das vendas revertida para causas beneficentes — outro indicador de que a presença de Lee vai além dos palcos. Rush.com


O que isso significa para o legado — e para os fãs?

Rush sempre foi uma banda que exigiu atenção. Suas músicas pedem do ouvinte algum esforço cerebral: compasso irregular, solos que mais parecem diálogos do que exibições, letras que discutem liberdade, tecnologia, distopia e introspecção. Ver Lee e Lifeson decidindo revisitá-las publicamente, com honras e cuidado, é um sinal de respeito — e também de coragem artística. Para a cena, isso abre duas portas:

  1. A cultura do setlist vivo: a ideia de que repertório clássico não é coisa de museu; pode (e deve) ser tocado, reinterpretado e transmitido, mesmo que de forma diferente.

  2. O debate ético sobre substituição: como homenagear um talento insubstituível? Como seguir adiante quando a peça central se foi? As respostas são pessoais — e o gesto de levar a música a público demonstra uma opção clara: compartilhar a obra em forma viva, não trancá-la em caixa de vidro.


Reflexão final do Mestre

Como músico e educador, vejo Rush como uma escola: nas horas em que ensino técnica, eu sempre volto aos discos deles — não para reproduzir, mas para entender como uma construção sonora pode ser pensamento em forma de som. A volta de Geddy e Alex aos palcos (se concretizada) não é só um evento de nostalgia; é uma aula magna para as novas gerações que querem entender o que significa técnica a serviço da ideia.

A música deles é exigente, sim. Mas essa exigência também liberta: obriga o ouvinte a raciocinar, sentir e resistir. E, ao final do dia, se Rush nos empurra para frente com reedições, passeios de catálogo e shows, que assim seja — desde que feito com o mesmo respeito que Neil Peart mereceria. Porque o som que eles criaram não é só um conjunto de notas: é uma ética do tocar.

“Quando o Rock Tremeu: A Semana que Reescreveu A História Sonora”

 


🎤 Speed Zine – Matéria do Dia

“Quando o Rock Tremeu: A Semana que Reescreveu A História Sonora”

Por Mestre Fernando Carvalho

São Paulo • 12 de agosto de 2025

Essa semana foi como uma pedrada no peito do rock. Momentos que vão perdurar como facadas música­is no coração da cultura. O silêncio foi interrompido por riffs inesperados, reuniões históricas e álbuns que respiram fúria reinventada. E o Speed Zine foi atrás de cada nota para contar esta nova crônica sonora.


🔊 Manchetes que ecoam nos palcos

1. Ozzy Osbourne: Tributo Global com Guitarristas Poderosos
Na véspera do primeiro aniversário de sua morte, guitarristas como Zakk Wylde, Slash e Tony Iommi escalonaram homenagens simultâneas em Londres, Los Angeles e Nagano. Na Abbey Road, um show especial com a London Symphony Orchestra fez “Mr. Crowley” ganhar arranjo sinfônico — sombrio, grandioso e repleto de emoção.

2. Foo Fighters libera versão ao vivo de “Best of You” gravada em 2003
Uma mixagem inédita, resgatada dos arquivos da banda, ganhou vida própria em plataformas de streaming. O single tem gitar­ras limpas, bateria urgente e a voz de Grohl carregada de saudade — uma cápsula do tempo para fãs saudosistas.

3. Dream Theater anuncia saída de Mike Portnoy (de novo)
Sim: Portnoy decidiu deixar a banda pela segunda vez, citando "caminhos criativos divergentes". Elementos do metal progressivo agora ficam sob a mira de especulações: quem assume a bateria? Como reconfigurar o DNA de 40 anos?

4. Barão Vermelho sobe ao palco em turnê comemorativa
A lenda do rock brasileiro retorna com Roberto Frejat, Dé (baixista original) e outros músicos clássicos para uma turnê nacional. Eles tocarão “Pro Dia Nascer Feliz”, “Por Você” e outras pérolas em versões revisadas, embaladas por nostalgia e energia renovada.


🧠 Reflexão: O rock não pede licença

Não adianta reclamar que o rock morreu se a própria história insiste em encontrar pontos de mutação. Quem pensa que rock vive de revival ignora que ele permanece vivo nas rupturas.

  • A mistura sinfônica em tributo a Ozzy mostra que o rock pode se reinventar em orquestras, sem perder sua alma.

  • A versão esquecida de Foo Fighters prova que mesmo músicas imortais têm estradas escondidas.

  • Dream Theater refaz seu nome em confronto com suas próprias sombras.

  • Barão Vermelho: lendas nacionais que resistem ao tempo e ensinam que memoria sonora é ato de fé.


✏️ Nota do Mestre

“O rock não morreu. Ele apenas encontrou novas maneiras de rugir — e sabe você, leitor, que todo rugido merece ser escutado alto.”