Em março de 2009 nascia uma banda em Pindamonhangaba com o intuito de tocar as próprias canções, sem apelar para covers ou versões de outros artistas para serem reconhecidos. O projeto começou com um garoto de 18 anos e seu amigo de 22 anos; dois jovens sem saber muito bem aonde tudo aquilo poderia chegar. Após firmarem a ideia, Rubens e Fagner deram o ponta pé inicial e encontraram Marcelo, o “pai” da banda, com os seus 42 anos de idade até então. Apesar da diferença de idade, a banda progrediu, continuou e foi batizada de Bristol. Em referência a cidade do sudoeste inglês, a Bristol integrou a campinense-francesa nas baquetas, Renata Dommange, e assim deu os primeiros passos para sair do anonimato. Em maio de 2011, o grupo entrou em estúdio para gravar o seu primeiro álbum, intitulado de ‘Misplaced’ (em português: algo fora do lugar). Com apenas sete canções, a banda finalizou tudo em três semanas. O resultado disso é uma mistura de rock britânico com pitadas de folk italiano e barulhos que remetem a uma nave espacial – todos os elementos possíveis que sopram contra o vento da cultura pindense.
Se você ficou curioso para ouvir, o CD do grupo pode ser comprado pela internet no site oficial do grupo: www.bristoltheband.com ou nos shows da banda.
SZ:Qual é a formação atual ?
Rubens Filho no vocal, sintetizador e violão. Marcelo Moss
no baixo. Fagner Camargo na guitarra. Jefferson Merida e Renata Dommange na
bateria. Um detalhe para a bateria: a Renata hoje mora na França e não faz
shows regularmente conosco. Ela apenas participa quando está no Brasil.
SZ: Quem já tocou na banda e porque saiu?
Régis, Benni e Bruno. Três bateristas que ajudaram a Bristol
em diferentes épocas. Saíram por indisponibilidade de tempo e por vontade
própria.
SZ:Quais as influências de cada integrante ?
Difícil dizer, mas vamos resumir que temos integrante que
gosta desde Smiths até Deep Purple.
SZ:Qual a maior influência da banda apenas uma?
Travis, talvez.
SZ:Defina o que é uma banda ?
Depende do local em que vivemos. Banda no Brasil significa
coragem, dor de cabeça, diversão e teimosia. Mas no contexto geral, podemos
definir banda como um emprego e amizade.
SZ:Como se sustenta a banda no mercado nacional?
Se você depende da música para viver, fazer rock não será a
melhor solução. Nossa posição hoje no mercado nacional é inexistente, pois
remamos contra a maré: compomos em inglês e fazemos rock.
SZ:Comente a cena independente do Brasil?
Ela é bonita, guerreira, utópica e falsa. Temos várias
bandas sem talento algum, sem músicos decentes e fazendo tudo àquilo que os
famosos “revolucionários musicais” fizeram na década de 60/70/80 e 90. Está no
mercado hoje quem tem contato e não quem tem talento. Não vamos ser injustos,
há bandas boas sim na cena independente, mas é difícil ver algo diferente nesta
cena. O legal é a amizade que se faz, mas nem sempre é verdadeira. A parte boa
de ser independente é escolher aonde quer tocar e pra quem tocar. A parte ruim
é que você deixa de ser músico para ser publicitário empresário e marketeiro.
SZ:Como será o mercado musical daqui a 10 anos?
Difícil prever, mas nada muito diferente como está hoje.
Downloads correndo por toda internet, gravadoras morrendo e bandas sendo sua
própria agência.
SZ:O que é preciso para ter sucesso?
Ter contato.
SZ: Quais os projetos para 2012?
Gravas novas músicas, novos projetos e fazer mais shows.
SZ: O Rock ainda é uma filosofia de vida ou está manipulado
pela mídia? Como você vê o Rock nacional?
É uma filosofia de vida sim. A manipulação ocorre em todos
os setores. O rock é música. Música se vende e dá emprego. Logo, gera renda
para famílias. Então obviamente será manipulado e não vejo mal algum. Todas
estas bandas que se dizem “diferentes” porque não tocam para o grande público
gostariam de ganhar o dinheiro que as “manipuladas” ganham.
SZ:Qual o futuro do Rock?
Ter mais vertentes e afundar no Brasil.
SZ: Onde tocaram e qual foi a reação do publico?
Já tocamos em vários lugares no Estado de São Paulo. A
reação, raramente, foi negativa. É difícil para nós que não somos barbudos, não
tocamos guitarras totalmente distorcidas, não usamos camisetas xadrez e não
babamos ovos para qualquer coisa (toda regra tem sua exceção) conseguir algo
neste mercado competitivo. Nossa música é assim, nosso estilo é assim e nós
somos assim. Tem quem goste. Tem quem não goste. E assim continuamos.
SZ: Porque Bristol ?
Bristol? É um nome de uma cidade do sudoeste da Inglaterra.
Não tem nada de especial, só achamos legal e colocamos.
SZ: Deixe alguma mensagem para quem esta formando ou
pensando em formar uma banda de rock?
Não se mate por isso. Não pense que comerá todas as meninas,
que terá os melhores amigos, que terá regalias ou que vai ser reconhecido por
todos. Isso é mentira. Faça seu som, acredite, bata a cara e garanta sua vida
antes.
SZ: Considerações finais .
Nos acompanhe sempre pela internet e se gostar mesmo, fique tranqüilo
que não iremos decepcionar vocês.
Site : www.bristoltheband.com
E-Mail : contato@bristoltheband.com
Se você ficou curioso para ouvir, o CD do grupo pode ser comprado pela internet no site oficial do grupo: www.bristoltheband.com ou nos shows da banda.
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