🎤 Matéria do Dia
– Rock e Ruptura: Ecos que Ressoam no Agora
Por Mestre Fernando Carvalho | Speed Zine
São Paulo, 3 de agosto de 2025
Enquanto o mundo gira em algoritmos e tendências passageiras, o rock — aquele que respira fumaça, suor e contradição — insiste em existir. E no fim de semana que passou, ele gritou. Ele estourou. Ele apareceu.
🔥 Avanços e Choques no Palco Global
Foo Fighters volta com forcejo
Dave Grohl e companhia abriram em Atenas uma nova fase com o EP Echoes of Thunder. Surpreenderam com “Rage Against Silence”, pesada, curtíssima e cortante — um revide contra a mesmice digital. A plateia, visivelmente renovada por jovens de 20 a 30 anos, reagiu com palmas fechadas e gritos de aprovação.
Rival Sons anuncia álbum com influências prog
A banda californiana soltou Celestial Navigations, que mistura hard rock, progressivo e sonoridade espacial. Guitarras expansivas, teclados analógicos e letra que fala de planos terrestres e interestelares. Muitos já o apontam como um dos discos mais inspirados da discografia moderna.
Metallica retoma álbum experimental da trilogia
“Legion of Ashes” foi tocada ao vivo pela primeira vez no festival Winter’s Edge, na Suécia. A canção une metal extremo e ambientações industriais, reforçando que a banda ainda arrisca — e não vive apenas de nostalgia.
🏠 E no Brasil?
No interior, o rock não dorme. Em Catanduva, Urutau, Os Negativados e Cascara Sagrada realizaram uma noite histórica no Sr. Buteco. O aviso era claro: “chegue antes das 21h — quem fica pra entrar, paga mais caro”. Foi lotação, som sujo e vibe intensa — o underground dizendo que não aceita ficar invisível.
Em São Paulo, o festival Resistência Sonora trouxe nomes como Emicida (rock fusion), Far From Alaska e Maglore em um lineup híbrido. O rock segue dialogando com rap, MPB e eletrônica — porque sobreviver exige adaptação, não traição.
🎯 Reflexão Crônica
O fim de semana foi um lembrete: o rock não é relíquia para museu. Ele vive nos circuitos clandestinos, nas placas coladas no poste, nos headbangers que ainda pulam num barinho, nas guitarras usadas que sobem em palcos tortos.
Para muitos, rock devia ser fácil, viral. Para nós, rock é resistência. É aquilo que te dá voz quando o mundo quer te calar.
Que 2025 continue nos entregando esses momentos de ruído puro e contundente.
Porque enquanto houver atitude, haverá rock.
E o Speed Zine — como sempre — estará escutando, documentando, gritando junto.










