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🎸**"O Grito das Ruas: O Underground Está Mais Vivo do Que Nunca"**

 






🎸**"O Grito das Ruas: O Underground Está Mais Vivo do Que Nunca"**

por Mestre Fernando Carvalho — Speed Zine

São Paulo, 5 de agosto de 2025

Enquanto muitos dizem que o rock morreu, ele responde com o que sempre teve de melhor: atitude.
Nas vielas das grandes cidades, em casas de show improvisadas, bares com microfones estalando e palcos tortos, o underground brasileiro vive um renascimento potente, barulhento e com muito sangue nos olhos.

No último mês, só em São Paulo foram mais de 40 eventos alternativos, reunindo desde veteranos do metal nacional até garotos que aprenderam a tocar guitarra no quarto durante a pandemia. Bandas como Project46, Terno Rei, Ratos de Porão, Dead Fish, Odradek e Black Pantera estão ocupando espaços com discursos afiados, letras viscerais e um público que canta com o peito.

Já em Recife, o festival Abril pro Rock voltou com força total, colocando o punk, o hardcore e o grunge nordestino de volta no mapa nacional. Em Curitiba, o Psicodália mistura rock progressivo com arte e resistência. E mesmo em tempos de TikTok, o vinil voltou a girar: os selos independentes têm vendido bem — quase como nos anos 80.

💥 Estatísticas que gritam:

  • Segundo dados da ABMI (Associação Brasileira da Música Independente), o rock alternativo teve um crescimento de 15% em novos lançamentos no primeiro semestre de 2025.

  • As plataformas de streaming registraram um aumento de 23% em audições de rock brasileiro dos anos 80 e 90, mostrando que a memória ainda pulsa.

  • O custo médio para manter uma banda ativa hoje é cerca de R$ 2.500/mês, considerando ensaios, manutenção de equipamento, divulgação e transporte — o que explica por que o estilo permanece resistente, mas caro.

🎤 Onde estão as bandas antigas?
Legado é palavra-chave. Bandas como Titãs, Sepultura, Capital Inicial e Plebe Rude continuam na estrada, com shows esgotados e legiões de fãs. Mas também há resistência: o tratamento dado ao rock nacional é desigual — raramente nas rádios, quase ausente da TV e com pouco incentivo público.

👊 Ainda há espaço pro rock?
Sim. Mas ele não será dado — será tomado.
O rock brasileiro nunca foi domesticado, e nunca será. Seu espaço está nas favelas que rimam, nas guitarras que urram, nos estúdios caseiros de garagem e nas cabeças que se recusam a abaixar.
Ainda é caro, ainda é marginal. Mas é por isso mesmo que continua sendo necessário.

📣 Speed Zine orgulhosamente grita com você:
Resista. Toque. Grave. Escreva. Organize shows. Vá em todos. Faça o rock acontecer — de novo.

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